Jamais me confessei. Eu não queria que vocês, os senhores padres, gozassem mais que eu com meus pecados, e por avareza os guardei para mim.
Gula? Desde a primeira vez que a vi, confesso que o canibalismo não me pareceu tão mau assim.
É luxúria isso de entrar em alguém e perder-se lá dentro e nunca mais sair?
Aquela mulher era a única coisa no mundo que não me dava preguiça.
Eu sentia inveja. Inveja de mim. Confesso.
E confesso que depois cometi a soberba de acreditar que ela era eu.
E quis romper esse espelho, louco de ira, quando não me vi.